A parceria com o programa Novos Rumos do Tribunal de Justiça do RN (TJRN) rendeu a empresa OAS, construtora e administradora do Complexo Arena das Dunas, de Natal, o selo "Começar de Novo", do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A solenidade de entrega da placa de honraria ocorreu na tarde do domingo 23, no próprio estádio. A estrutura erguida para sediar algumas das partidas da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, foi construída com a participação de 149 egressos do sistema penitenciário, todos inseridos no projeto do TJRN. Na avaliação do CNJ, o resultado alcançado é uma marca no pais.
Para o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Aderson Silvino, as iniciativas do Poder Judiciário, em parceria com o CNJ, têm contribuído para o alcance dos verdadeiros objetivos do TJRN. "O desejo do Poder Judiciário é torná-los seres humanos que, apesar dos erros cometidos no passado, têm a plena condição de olhar para o futuro com a cabeça erguida".
A sede potiguar foi a vencedora do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a União, o Comitê Organizador da Copa do Mundo, Estado e Municípios, que estabeleceu o compromisso da reserva de cinco por cento das vagas de trabalho criadas nas obras e serviços a presos, egressos, cumpridores de penas e medidas alternativas e adolescentes em conflito com a lei. Na ocasião, os depoimentos do servente Antonio Viana da Silva, de 49 anos, e de Josivan Martins, de 32, ambos trabalhadores da obra, emocionaram.
"Eu era um cara rejeitado pela sociedade e nunca pensei em ter uma oportunidade dessas. Antes eu temia que acontecesse o pior porque não tinha uma profissão e sabia que ninguém ia me aceitar em trabalho algum. Agora eu tenho um curso de inclusão digital, uma parte dos estudos feita e essa experiência como prova de que fui reinserido à sociedade", comentou Antonio.
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