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segunda-feira, 9 de abril de 2012

2012: AS PRIMEIRAS FRITURAS

Artigo do jornalista Paulo Tarcisio Cavalcanti, publicado no Jornal Metropolitano edição do dia 5 de Abril 2012.



O zum-zum está no meio do mundo. O PT tem duas prioridades na eleição municipal deste ano: Prioridade nº 1: Sustentar a Prefeitura do Recife; prioridade nº 2: Conquistar espaço na disputa municipal de São Paulo, principal reduto eleitoral do País.

Aliás, para ser mais preciso, essas duas prioridades, na verdade, não são prioridades do PT. São prioridades do seu cacique maior - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é, sem quase nenhuma dúvida, quem manda no partido.

Fatos recentes têm mostrado que, quando o presidente Lula põe a cabeça pra um lado, não adianta questioná-lo, nem querer discutir, muito menos contestar. Nem sempre tudo dá certo, mas - percalços à parte - tem sido assim que o ex-presidente exerce o poder político que construiu, com inquestionável capacidade, carisma e determinação.

Pois bem: No afã de viabilizar suas duas prioridades quanto ao pleito municipal deste ano, o ex-presidente definiu como um dos seus principais interlocutores no presente momento, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.

Este é outra "cobra criada" da política. Sabe ver, sabe ouvir, sabe articular, sabe a hora de falar e a hora de calar. Com elevado índice de aprovação, mesmo já no segundo mandato, nem passa pela cabeça ter no seu PSB um candidato próprio à Prefeitura do Recife. Pra ele, essa ainda é uma prerrogativa indiscutível e inquestionável do PT.

Em matéria de Prefeitura para o PSB, Eduardo Campos, tem duas prioridades - Natal e Mossoró, com a mesma paixão com que o presidente Lula está focado em São Paulo e no Recife.

O fato de Lula e Eduardo Campos terem prioridades absolutamente distintas, sendo aliados tão chegados e entendidos, é, como se diz no popular, "casar Tomé com Bebé", para infortúnio dos pré-candidatos petistas às Prefeituras de Natal (deputado Fernando Mineiro) e de Mossoró (Professor Josivan Barbosa).

Sem dúvida nenhuma, tanto Mineiro quanto o professor Josivan conseguiram construir, dentro do PT, uma base muito sólida que alicerça suas respectivas pretensões. Não será fácil derrubá-los. Não sei, porém, até onde irá a capacidade de resistência dos dois e de suas bases.

Na realidade, há exceções, mas não faz parte da história do PT, gestos de rebeldia às decisões do seu comando.

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