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segunda-feira, 19 de março de 2012

NOSSO VOTO É SAGRADO

Artigo do jornalista Paulo Tarcisio Cavalcanti, publicado pelo Jornal Metropolitano, edição de sexta feira 16 de Março.



Um "ônus" inerente à vida pública é o do cidadão e/ou cidadã que a exerce está sempre preparado ou preparada para dar ex-plicações.
Outro é ter de reconhecer (e aceitar) o destino de ser colocado - muitas vezes injustamente - na vala comum de que todos são iguais. De que todos "calçam 40".
Claro, até aí, nenhuma novidade. Nada disso é de hoje. É coisa antiga. Há exceções. Sem dúvida. Ex-ceções que, com toda certeza, contam. Graças a Deus e a nós eleitores.
Agora: Não podemos fugir da nossa responsabilidade. Somos nós que escolhemos os políticos que temos.
Para mim, numa democracia, nada é mais sagrado e exige de quem o exerce total responsabilidade, do que o direito de votar.
Porque penso assim, me sinto desrespeitado, não apenas como eleitor, mas também como cidadão, toda vez que uma decisão popular, expressada através do voto - livre, secreto, soberano e universal - é anulada seja por qual via for.
Pra mim, em qualquer circunstância, a última palavra tem que ser do povo, na forma que a lei estabelece.
Mas, aí, vem aquela história revivida durante o não muito distante período do regime militar em que foram perguntar a Pelé: "E o povo brasileiro sabe votar?"
Tem muita gente que, ainda hoje, acha que não. Não entro em tal discussão, mas também não escondo: Um dia haveremos de aprender. Praticando, claro.
E tanto mais rápido aprenderemos, quanto mais onerosas e prejudiciais sejam as conseqüências dos nossos erros. Aliás, tirando por mim, já foram tantas as lições recebidas, que, de há muito, deveríamos ter aprendido.
Está lá, no parágrafo único do Art. 1º da nossa Constituição:
"Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente nos termos desta Constituição".
"Todo poder". Não é um pedaço. É "todo".
Reconheço não dispor de embasamento jurídico para elaborar uma tese que defenda ou interprete esse princípio constitucional que coloca tão ilimitada gama de poder nas mãos da sociedade brasileira.
Mas, entendo estar mais do que na hora de cada um de nós assumir a sua parte, por mais modesta que seja, nesse projeto de sociedade democrática que a Constituição nos assegura. Como? Encarando com a máxima responsabilidade o sagrado direito de votar.

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