O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, afirmou nesta terça-feira 1° que o resgate da memória da resistência contra a ditadura militar é fundamental para que as novas gerações conheçam a história de luta que construiu as atuais instituições democráticas. A afirmação foi feita na sessão solene, realizada pela Câmara, para rememorar os fatos relacionados ao dia 31 de março de 1964.
Em seu pronunciamento, ele reafirmou que, ao acolher o requerimento da deputada Luiza Erundina, que se refere explicitamente à resistência democrática de civis e militares contra o autoritarismo, a presidência da Câmara tomou uma atitude de repúdio a qualquer requerimento que pudesse vincular o Parlamento brasileiro à comemoração do golpe de Estado.
“A Câmara dos Deputados – nunca devemos esquecer – é a instituição brasileira que mais completamente representa o ideal de uma sociedade apta a definir seus rumos com base em debates democráticos entre os representantes de todos os setores sociais relevantes, dentro do marco do Estado de direito. Sendo assim, ela é atingida por qualquer ato que atente contra a democracia e o Estado de direito, e não apenas por aqueles dirigidos diretamente contra o Parlamento e seus membros”, disse Henrique Alves.
Ano da Democracia
Logo após seu pronunciamento, o presidente da Câmara assinou ato da Mesa Diretora da Câmara que proclama 2014 como o Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade - uma agenda de eventos políticos, culturais e educativos que se estenderá até o fim do ano.
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