A Justiça Federal do Rio Grande do Norte condenou oito pessoas denunciadas na operação Pecado Capital e absolveu uma. O processo, que apontou um esquema de formação de quadrilha e corrupção no Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte no período de abril de 2007 a fevereiro de 2010, foi sentenciado pelo Juiz Federal Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara Federal.
O único absolvido no processo foi o empresário Jefferson Witame Gomes. A sentença define também o pagamento de multa superior a R$ 2,8 milhões, valor a ser pago pelos condenados.
Mas o que os depoimentos da operação Pecado Capital revelaram foi o envolvimento de novas pessoas e um esquema que traz contornos políticos eleitorais, apontando que Rychardson de Macedo Bernardo, principal acusado, era, na verdade o operador, mas todo valor embolsado a partir do esquema de corrupção era dividido entre quatro pessoas: o próprio Rychardson, o deputado estadual Gilson Moura, Lauro Maia e o advogado Fernando Caldas.
O advogado Rychardson de Macedo Bernardo teve a condenação de 44 anos, 6 meses e 14 dias reduzida para apenas 5 anos, 10 meses e 6 dias de prisão, a ser cumprido inicialmente no regime semi aberto, por ter ajudado a Justiça Federal do Rio Grande do Norte a compreender o esquema fraudulento dentro IPEM e apontado os demais cabeças do esquema.
Rychardson de Macedo também teve a multa R$ 1.161.525,00 pelo crime de lavagem de dinheiro reduzido para R$ 774.350,00.
O esquema fraudulento, que resultou nos desvios de milhões dos cofres públicos, tinha como cabeça, segundo Rychardson de Macedo e outros seis réus que aceitaram a delação premiada (redução da pena), os advogados Lauro Maia (filho da então governadora Wilma de Faria) e Fernando Caldas e o atual deputado estadual Gilson Moura.
A então governadora Wilma de Faria, conforme os termos da delação premiada, teria ofertado o cargo de diretor do IPEM ao deputado estadual Gilson Moura, em troca de apoio político. Gilson Moura, por sua vez, indicou Rychardson Macedo para o cargo. Começaram a desviar os recursos e dividir o bolo dividido em partes iguais para Gilson, Lauro, Fernando e ele próprio.
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