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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"OBRAS DE MOBILIDADE URBANA SERÃO UM VEXAME" DIZ AGRIPINO


A quatro meses do início dos jogos da Copa do Mundo, em que cinco dos 12 estádios ainda não estão concluídos, o líder do Democratas no Senado, José Agripino, acredita que as arenas ficarão prontas até o mundial, ao contrário das obras de infraestrutura para o acesso aos estádios. “Os estádios ficarão prontos e muito bonitos. Não há nenhuma dúvida; é o padrão Fifa. Mas as obras de infraestrutura, o apoio das avenidas e túneis para facilitar o acesso e os metrôs estão em ritmo desastrosamente baixo. Corremos um sério risco de dar um vexame no quesito mobilidade urbana”, frisou o senador.
 
Um dos motivos para tanto atraso, segundo José Agripino, está na decisão tardia do governo federal em utilizar o capital privado para a realização das obras. “Por que o governo resolveu partir para as privatizações e concessões só no ano passado? Por causa de um viés ideológico absolutamente incompreensível. Sempre demonizaram a participação do capital privado e agora, por entenderem que o atual governo não tinha qualidade de gestão, foram obrigados a fazer uso das privatizações e concessões. Resultado? Os aeroportos que ficarem prontos vão ficar meio amarrados de arame, com finalização improvisada”.
 
O senador fez ainda duras críticas ao desperdício de dinheiro público com a construção das arenas. “Houve no mínimo descaso com os projetos. Os próprios estádios, que inicialmente custariam três bilhões, agora custam oito bilhões”, ressaltou.
 
José Agripino não descarta a possibilidade de novos protestos contra a Copa do Mundo, como os que ocorreram em várias partes do país em 2013. “Os protestos do ano passado tiveram como símbolo os gastos com os estádios, mas o que a população denuncia é a saúde, educação, transporte e infraestrutura de má qualidade”, frisou. “Até agora não houve resposta à altura para as críticas dos movimentos populares. Então é muito provável que os protestos aconteçam mais uma vez nas proximidades da Copa por conta da inércia do governo federal nas respostas ao alerta, ao sinal amarelo que foi dado no ano de 2013”.

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