A governadora Rosalba Ciarlini denunciou ontem, durante sua leitura anual no retorno dos trabalhos da Assembleia Legislativa, que além do comprometimento das finanças estaduais com dívidas diversas, encontrou – quando assumiu o governo – uma “farra da gastança sem planejamento e tentativa eleitoreira, porque desprogramada, de ludibriar os servidores públicos com planos infactíveis”. Além disso, enfrenta um quadro ainda não resolvido de diminuição dos repasses federais do Fundo de Participação do Estado (FPE), em razão da isenção do IPI.
Com este tom político e administrativo, Rosalba permeou o seu discurso de cerca de 13 páginas, além de apresentar um vídeo de 12 minutos mostrando os avanços do seu governo ao apresentar as principais obras realizadas ou em andamento.
Foi preciso, segundo ela, realizar um imenso ajuste das finanças estaduais, “o que resultou em muitas incompreensões”. No entanto, de acordo com a governadora, necessárias para ajustar o Rio Grande do Norte. “Tínhamos o sentimento da certeza de trilhar o caminho certo, de aplicar remédio amargo para curar o mal”, disse Rosalba, lembrando que a confirmação do esforço veio com o reconhecimento do Tesouro Nacional, que aumentou a margem de endividamento do governo, depois de realizado o ajuste fiscal. “Fizemos o dever de casa”, completou.
No final do discurso, a governadora deixou claro que não está abalada com a situação política, deixando entender que prossegue com seus projetos. “Ainda há muito trabalho pela frente. Temos projetos e temos planejamento. Temos desafios e temos metas. Temos, também, aquilo que julgamos os mais importantes: a capacidade de trabalhar, as mãos e o coração limpos, a mente tranquila e o espírito aberto. Continuaremos a lutar para levar ao povo do Rio Grande do Norte o que de melhor ele merece e anseia. Desistir? Jamais!”, finalizou.
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