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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

SEGUNDO REVISTA ISTOÉ INVESTIGAÇÃO SOBRE CAIXA 2 DO DEM POTIGUAR SERÃO REABERTAS


A revista IstoÉ do último final de semana trouxe reportagem em que relata a reabertura das investigações sobre o suposto esquema de caixa 2 do DEM, flagrado por escutas telefônicas do Ministério Público referentes à campanha de 2006.
 
A reportagem cita trechos de uma gravação em que o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, cobra ao hoje secretário-adjunto do Gabinete Civil Galbi Saldanha o pagamento de parcela de R$ 20 mil (de um total de R$ 60 mil) a um aliado. O nome não é citado, mas trata-se do ex-vereador de Natal Salatiel de Souza que tempos depois deixou o DEM rasgando a ficha de filiação da sigla para anos depois voltar ao partido.
 
A IstoÉ lembra que as escutas são fruto de uma investigação a respeito de um crime de homicídio cujo Galbi era um dos suspeitos. O envolvimento dele nunca foi comprovado, mas as escutas serviram para a desconfiança de um susposto caixa 2.
 
A matéria traz trecho de gravação em que o hoje chefe do Gabinete Civil Carlos, Augusto Rosado, liga para informar a Galbi que um dinheiro da campanha de Rosalba Ciarlini ao Senado vai passar pela conta do auxiliar. "Esse dinheiro é apenas para passar na conta dele. Quando entrar, aí a gente vê como é que sai para voltar para Rosalba", disse Carlos Augusto.
 
Na reportagem, o advogado de Rosalba, Felipe Cortez, questiona as gravações. "Os grampos por si só não provam nada. O caixa 2 não existiu. As conversas tratavam de assuntos financeiros, não necessariamente de caixa 2", argumentou.
 
Já José Agripino afirma que os grampos não apontam qualquer ilegalidade. Ele disse que se trata de doações legais a candidatos a deputado pelo partido.
 
Na sequência, a IstoÉ traça um perfil de José Agripino: "No Rio Grande do Norte, José Agripino é admirado e temido por seu talento em captar recursos eleitorais. Até mesmo os adversários pensam duas vezes antes de enfrentar o senador com palavras".
 
A reportagem ainda traça paralelo entre as doações à Empresa Industrial Técnica (EIT) com as principais lideranças do DEM no Estado. A revista lembra que até 2008 José Agripino era sócio da empreiteira e que nas eleições de 2010 ele recebeu uma doação de R$ 550 mil para a campanha.
 
Segundo a IstoÉ, a EIT "é o terceiro maior destino de recursos do Estado nas mãos de Rosalba. Perde apenas para a folha de pagamento e para crédito consignado. Só este ano foram R$ 153,7 milhões em empenhos do governo, das secretarias de Infraestrutura, Estradas e Rodagem e Meio Ambiente".
 
Doador de campanha é chamado de “Marcos Valério potiguar”
 
A reportagem da IstoÉ dedica um capítulo especial a Mossoró com ênfase nas eleições do ano passado e na figura de um dos seus maiores protagonistas: o empresário Edvaldo Fagundes.
 
Classificando-o como o "Marcos Valério potiguar", numa associação com o articulador do mensalão, a revista informa que Edvaldo saiu da condição de dono de sucata para bilionário.
 
A matéria diz que Edvaldo é dono de 32 empresas de fachada que servem de elo entre o Governo do Estado e o DEM. Em seguida, lembra que no dia 17 ele fora alvo de uma investigação que o aponta como líder de um esquema de mais de R$ 400 milhões em fraudes.
 
A reportagem lembra do papel de Fagundes na campanha eleitoral de Mossoró no ano passado: "O empresário é acusado de não pagar tributos, mas investe pesado na campanha do partido. Nas eleições de 2012, Edvaldo Fagundes não só vestiu a camisa do partido como pintou um de seus helicópteros com o número da sigla. A aeronave ficou à disposição da candidata Cláudia Regina (DEM), pupila do senador José Agripino. Empresas de Edvaldo, que a Polícia Federal descobriu serem de fachada, doaram oficialmente mais de R$ 400 mil à campanha da candidata do DEM. Mas, investigação do Ministério Público apontaram que pelo menos outros R$ 2 milhões deixaram as contas de Edvaldo rumo ao comitê financeiro da legenda por meio de caixa 2".
 
O texto só omitiu a informação que a prefeita Cláudia Regina foi alvo de 11 cassações de mandato e está afastada do cargo pela terceira vez em dois meses. Em um dos processos o assunto é justamente caixa 2.
 
Fonte: Jornal o Mossoroense

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