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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

REFLEXÃO NECESSÁRIA

Artigo do jornalista Paulo Tarcísio Cavalcanti, publicado no " Jornal Metropolitamo " edição desta sexta feira 17 de Agosto.


Fiquei estarrecido com as distorções apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado na gestão financeira do governo do Rio Grande do Norte no ano de 2011.

A favor da governadora Rosalba Ciarlini diga-se que ela herdou um orçamento elaborado na gestão anterior.

Por esse orçamento, previa-se que o RN teria uma receita de 9 bilhões e 500 milhões de reais. Mas, na realidade, a arrecadação esbarrou em 7 bilhões e 800 milhões de reais.

Diferença grande, é verdade. Um bilhão e 700 milhões a menos. Muito grande. Mas, qualquer governo um pouco mais previdente, no mínimo, desconfiaria que isso iria, de fato, acontecer.

Eu sei que, pra qualquer um, de longe, é muito cômodo, fácil e tranquilo criticar. Mas, sinceramente, compete ao governo dar uma palavra de satisfação à sociedade em cima das principais distorções apontadas no relatório do conselheiro Paulo Roberto Alves.

Eu sou um ardoroso defensor de gastos públicos com publicidade. Não pelo fato de ter o meu salário pago pela publicidade, como trabalhador da área de Comunicação. Mas, porque, sem publicidade, não existe a decantada transparência, tão fundamental e necessária ao acompanhamento da gestão pública.

Mas, daí a aceitar que se gaste mais com publicidade do que com saúde pública, vai uma distância muito grande. E foi isso o que ocorreu no ano passado, aqui no Rio Grande do Norte, segundo o já citado relatório do Conselheiro Paulo Roberto Alves.

No caso específico, não vejo os gastos com publicidade como algo extraordinário. Agora, indubitavelmente, o que se destinou à saúde foi, por demais, insuficiente.

Aliás, na circunstanciada reportagem de Jalmir Oliveira publicada no NOVO JORNAL, edição do dia 14/08/12, chamou a atenção o montante das despesas feitas com diárias para servidores públicos. Elas representaram mais do dobro do que se gastou, diretamente, com saúde pública em todo ano de 2011.

Claro: O TCE não detectou nenhum ato de desonestidade por parte da administração. Mas elencou nada menos que 19 ressalvas, algumas referentes ao governo anterior e que, nem por isso, podem deixar de merecer uma profunda reflexão por parte da governadora.

Como já coloquei, S. Excia. deve uma explicação à sociedade, especialmente, se puder garantir que as distorções apontadas estão sendo todas corrigidas.

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