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domingo, 8 de julho de 2012

REFLEXÃO SOBRE O PODER


Artigo do jornalista Paulo Tarcisio Cavalcanti publicado no " Jornal Metropolitano "  edição do dia 06 de Julho.


Quanto maior o poder; quanto maiores forem as prerrogativas do cargo - menores devem ser a empáfia, a ostentação, a vaidade, a truculência. Só o que deve ser maior é a responsabilidade.

Deixa-se subjugar pela empáfia, pela ostentação, pela vaidade, pela truculência, quem ainda não está preparado para o exercício do poder ou para administrar as prerrogativas de um cargo.

É fundamental que quem tem poder em suas mãos, nunca esqueça que o poder não é seu. É uma delegação. Política (e maior) se decorrente da soberania do voto popular; ou institucional, se consequência de uma posição na burocracia do Estado. Sempre que se tiver de usá-lo, não se pode nem deve deixar de lembrar que todo poder tem limites pré-estabelecidos na Lei.

Tais limites - em nenhuma circunstância poderão ser ultrapassados. O poder que ultrapassa limites perde sua eventual legitimidade.

Na face da Terra, especialmente sob o império da democracia, nenhum poder é ilimitado.

Vez por outra faço essa reflexão porque sei que, muitos detentores de poder, pelas mais diversas razões, ainda não tiveram a oportunidade - eu diria, também, a chance, de entrar em sua própria consciência, e de encará-la nos termos aqui colocados.

Não tenho outro propósito a não ser o de provocar esse encontro.

Tenho certeza que vale a pena. Tanto do ponto vista subjetivo, quanto do ponto de vista mais racional, mais pragmático.

Há exemplos marcantes - que a história registra - de detentores de poder que, por o quererem ilimitado, o transformam em ilegítimo e quando se aper-cebem do mal que fizeram - geralmente foi muito tarde e sem chance de volta.

Pra mim - que não tenho poder - essa é uma reflexão natural em muitos momentos da minha vida. O poder cega e embriaga. E quando passa a ser utilizado como palmatória do mundo, aí doutor, saia da frente porque não tem quem segure nem o seu limite, nem a sua legitimidade.

Como o arrependimento geralmente só chega tarde, torço para que, estimulando tal reflexão, possa contribuir para diminuição dos casos de exercício ilegal e ilegítimo do poder.

Por falar de poder, quero mandar um abraço para o amigo e colega, João Batista Machado, cujo livro "Política em atos e fatos" foi lançado na quarta-feira, dia 4. Para mim, foi uma honra ter sido convidado para escrever sua apresentação. O prefácio foi de outro estimado amigo - Roberto Guedes. 

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