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quarta-feira, 16 de maio de 2012

BANCADA DO PMDB DISCUTE A SECA NO NORDESTE

A bancada federal do PMDB, reunida na Câmara dos Deputados, sob a liderança do deputado Henrique E Alves, discutiu nesta terça-feira 15, em Brasília, as mudanças climáticas e a inesperada seca que atinge o semi-árido nordestino, preocupação crescente dos deputados da região. 

 Os deputados ouviram as explicações do professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Carlos Molion. Especialista em Geociências com ênfase em Dinâmica do Clima e atuação em variabilidade e mudanças climáticas, Molion foca suas pesquisas no Nordeste do Brasil. 

 Os parlamentares do PMDB questionaram o especialista sobre a seca prolongada no Nordeste que contraria as previsões de um ano com chuvas regulares para o semi-árido brasileiro. 

 Segundo o especialista, apesar da ocorrência do fenômeno La Niña, que normalmente colabora para invernos chuvosos no Nordeste, o oceano pacífico enfrenta uma fase de esfriamento global de longo prazo. Este ciclo se alterna com períodos de longos aquecimentos e se repete a cada 50, ou até, 60 anos. O último ciclo teria sido de aquecimento longo com picos do fenômeno El Niño (inverso ao La Niña) que colaborou para longas estiagens. 

 Ainda de acordo com o cientista é provável que nos próximos 20 anos tenhamos outros períodos de seca mais prolongados, a cada sete anos, quando ocorrerão as intercalações entre o El Niño e o fenômeno chamado La Niña. 

No momento, o Pacífico que representa 35% da superfície do planeta e influencia o clima em toda a terra, estaria esfriando. “A temperatura menor reduz a evaporação e, com baixa pressão atmosférica , contamos com pouca chuva”, explicou o professor para justificar a seca mesmo durante a ocorrência do La Niña.

 Luiz Carlos Molion defende a tese de que o aquecimento global é cíclico, assim como as alterações nos níveis dos oceanos. Para o cientista as emissões de gás carbônico não estão relacionadas com o fenômeno. A terra estaria saindo de um pico de influência de atividade solar intensa, daí a previsão de esfriamento. 

 Já os efeitos das catástrofes naturais estariam relacionados ao excesso de população em áreas ocupadas irregularmente. Segundo o cientista, a presença humana não seria capaz de interferir nas mudanças climáticas. Isso não significa que a preservação do meio ambiente não seja importante para a sobrevivência do homem que também sofre ameaça de extinção, assim como outras espécies, alertou o pesquisador.

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