SINAL FECHADO

A decisão da juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, da 6a. Vara Criminal de Natal, de receber a denúncia contra os principais acusados na operação Sinal Fechado. Não supreendeu ninguém. Era o que a sociedade esperava. Portanto, a posição da magistrada está respaldada em dois pontos primordiais. O primeiro, de natureza legal. A existência de provas juntadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) foi apresentada de forma contundente, não permitindo dúvidas da ação dolosa contra o bem público. No conteúdo do processo, resultado da investigação que se desenrolou por quase um ano, as provas mostram que a organização criminosa enraizada no Detran-RN, nos gabinetes de gestores públicos e em áreas periféricas, fraudou o contrato da inspeção veicular ambiental no estado desde a elaboração da lei, até o processo licitatório. A engenharia dos malfeitores iria permitir a obtenção de altos lucros, em detrimento do erário e da sociedade potiguar. O segundo ponto é de natureza moral. O “Sinal Fechado” faz parte de uma lista de casos de corrupção investigados, denunciados e que se transformaram em processos criminais nos oito anos de governo da ex-governadora Wilma de Faria-PSB. “Foliaduto”, “Foliatur”, “Operação Hígia”, dentre os acusados estão ainda o ex governador Ibere Ferreira e o suplente de senador João Faustino.