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terça-feira, 6 de março de 2012

O ENVIADO DO SENHOR

Artigo escrito pelo jornalista Paulo Tarcisio Cavalcanti, publicado no jornal metropolitano edição do dia 2 de março de 2012.


Dom Matias Patrício de Macedo foi muito feliz ao resumir, na expressão bíblica, a saudação com que acolheu o seu sucessor no comando da Arquidiocese de Natal, dom Jaime Vieira Rocha: "O bendito que vem em nome do Senhor".
Não poderia haver uma forma mais solidária, mais fraterna, mais cristã, bem ao perfil de Dom Matias, um pastor que ao final de sua missão, sem nenhuma dúvida, pode proclamar como São Paulo: "Combati o bom combate... Guardei a fé".
Claro: Não me compete fazer um balanço da gestão de Dom Matias à frente da Arquidiocese. Não tenho dúvida, porém, de que, quem o fizer, certamente, encontrará números positivos e alvissareiros.
Agora, começa a era de Dom Jaime, sob a marca de grande esperança, não apenas pela gama de experiência que acumulou como pastor das Dioceses de Caicó e de Campina Grande; principalmente pelo seu carisma e pelo exemplo de vida cristã que tem construído.
Em sua homilia de posse, está delineado o alicerce sobre o qual pretende sedimentar o trabalho a que se propõe: A voz de Deus, os seus sinais e designios - "Considerando sempre a sua santa vontade e buscando conhecer o que se apresenta à realização da minha missão em Natal".
Na realidade, a trajetória de Dom Jaime, desde o nascimento à sagração episcopal, o revela e o projeta como um predestinado a chegar, em qualquer lugar, como "o que vem (e, portanto, chega) em nome do Senhor", como bem proclamou Dom Matias: Foi batizado pelo padre Alair Vilar (mais tarde eleito arcebispo de Natal); crismado por Dom Eugênio de Araújo Sales; ordenado sacerdote por Dom Nivaldo Monte; eleito e sagrado bispo pelo atual Beato e então Sumo Pontífice João Paulo II.
Na minha limitada e laica visão de fatos tão significativos quanto esses - que ele citou na homilia de posse - essas coisas, muito dificilmente, acontecem por acaso.
Estavam escritas e parecem indicar com muita precisão que, lá atrás, ele já estava escolhido.
A igreja que lhe foi confiada - a de Natal - não é uma Igreja qualquer. Poucas igrejas - na hierarquia católica - em todo o mundo, alcançam uma posição de tanto crédito e de tanto respeito quanto a de Natal. Não é à toa que todos os arcebispos para cá designados, foram tirados do próprio clero de Natal.
Até o baiano dom Marcolino Dantas, que foi o primeiro, ao ser nomeado arcebispo estava integrado ao clero natalense, como seu bispo diocesano.
Todas as bênçãos, pois, para Dom Jaime Vieira Rocha e sua sagrada e desafiadora missão.

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