O troca-troca de partidos na reta final do prazo de filiação para as eleições de 2012 foi acompanhado do discurso da hipocrisia. Sem exceção. Ninguém absolutamente ninguém teve a coragem de assumir os reais motivos da mudança, como se o eleitor não merecesse um tratamento digno. Todos sabem que quem fez novas opções partidárias levou em consideração seu projeto político pessoal. Tratar diferente é optar pelo jogo de enganação. Por que não optar pela transparência? O eleitor aceita o esclarecimento; não suporta ser enganado. A legislação eleitoral, com as suas intermináveis brechas, permite o troca-troca de partido, apenas estabelecendo prazos. Foi exatamente isso que ocorreu. Nesse processo, nada republicano, tão desprezível quanto a fragilidade das leis é o tratamento que os políticos oferecem aos seus eleitores. Não há sustentação na tese de que o cidadão rejeita a mudança de rumo dos políticos. Não é verdade. O que gera indignação é a falta de transparência.
Não vai daqui a orientação para que o eleitor abomine os políticos que faltaram com a transparência, mas, sim, o apelo para que a hipocrisia dê lugar à transparência.
Não vai daqui a orientação para que o eleitor abomine os políticos que faltaram com a transparência, mas, sim, o apelo para que a hipocrisia dê lugar à transparência.
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