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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

POTI JÚNIOR NOS JARDINS DA GAZETA


O deputado estadual Poti Júnior, vice-presidente estadual do PMDB, tenta se manter no Legislativo e está em campanha incluindo também as regiões Oeste, Médio e Alto Oeste. Ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante, Poti analisa o processo sucessório e destaca o processo de construção do Aeroporto Internacional do Rio Grande do Norte, em São Gonçalo, entre outros assuntos:


Entrevista concedida aos jornalistas Luís Juetê e Gilberto de Sousa



GO - Deputado, mais uma luta aí a ser travada. Como está a sua campanha? Como está sendo conduzida?

PJ - Veja bem, eu tenho trabalhado durante os quatro anos. Na eleição passada eu fui votado em aproximadamente 45 municípios. Hoje estou tendo a oportunidade de ser votado em 90 cidades. A tendência é de que a gente possa desenvolver um trabalho ainda maior, tendo em vista que eu entendo que o trabalho que realizamos na assembleia, a forma como nós trabalhamos, visitando as nossas bases eleitorais, os nossos correligionários, fez com que a gente tivesse a oportunidade de ampliar a nossa base de apoio em todo o Rio Grande do Norte.

GO - Esse respaldo vem também através de projetos. O senhor tem alguns ligados aos deficientes físicos. Quais os que poderia enumerar pra gente?

PJ - É, nós temos vários projetos na Assembleia Legislativa, e eu poderia citar algumas bandeiras que defendemos, entre elas a questão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que é um aeroporto que na realidade trará um grande diferencial para a economia do nosso Estado. É um aeroporto de cargas e passageiros, que incrementará o turismo, bem como trará muitas divisas, teremos importações, muitas empresas chegarão ao Rio Grande do Norte por conta desse aeroporto que será o mais moderno do nosso país. Outra luta nossa é a área esportiva. Nós temos, sobretudo, nesse momento, que intensificar esse trabalho, em decorrência da Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Então eu acho que o investimento deve aumentar na área esportiva, tal que a gente possa formar geração de campeões. Muitas vezes você não forma o atleta, o campeão, mas forma o jovem que cresce com aquele pensamento positivo e dá alegria aos seus pais, sua família, aos seus amigos, a sua cidade...
GO - ...E até pelo clima que o esporte oferece...

PJ - ... Muito bem, exatamente e assim impede de uma criança, um jovem desse ir pelo caminho da bebida, da droga, da prostituição. Então eu acho que neste período é bastante oportuno a gente fazer esse investimento na área esportiva. Em relação aos deficientes, nós temos uma luta, promovemos audiências públicas para debater essa questão, inclusive um projeto de lei de nossa autoria estende a todos os deficientes do Rio Grande do Norte o direito à passagem gratuita nos transportes intermunicipais e esse direito já existe na capital e nós estamos estendendo a todo o nosso Estado. Fizemos também, através de projeto de lei, criamos o Dia Estadual da pessoa portadora de necessidades especiais, do deficiente, e várias outras providências nesse sentido de modo que vamos procurar, se por acaso, formos eleito, continuar fazendo o nosso trabalho na Assembleia Legislativa, em defesa do povo do Rio Grande do Norte. A questão da segurança pública, também promovemos audiências tendo em vista os problemas que o Estado hoje enfrenta e tenho certeza de que o nosso mandato ficou marcado por várias providências nesse sentido, inclusive nessa área. Tivemos a iniciativa lá em Natal, de propormos a instalação de câmeras vinte e quatro horas, principalmente naqueles corredores onde ficam as agências bancárias, pois lá estavam acontecendo muitas mortes, na famosa saidinha de banco e nós tivemos essa preocupação. Algumas já foram instaladas, o que inibe de certa maneira a ação dos marginais.
GO - Deputado, o senhor citou a questão do esporte e o Rio Grande do Norte todo sabe de sua paixão pelo ABC, enfim, o carinho com que o senhor trata o esporte. O Rio Grande do Norte, Natal mais precisamente, que receberá os jogos da Copa do Mundo de 2014, e hoje a discussão se dá em torno da construção da Arena das Dunas, da estruturação da Capital do Estado para receber esses jogos. Recentemente o Estádio Machadão foi alvo de reforma, até cara, não seria interessante que se preparasse o Machadão para receber os jogos do que construir um novo Estádio? Qual a opinião do deputado a respeito?

PJ - Veja bem, você está coberto de razão. Agora o problema é de que o projeto aprovado pela Fifa foi com a demolição do Machadão. Então a essa altura se nós quisermos a copa em Natal, teremos de pagar esse preço. A derrubada do Machadão e a construção da Arena da Dunas.

GO - Poti, você também foi prefeito de São Gonçalo e o que é que você pode falar sobre a sua administração de destaque quando prefeito?

PJ - Veja bem, São Gonçalo do Amarante é a minha terra, meu pai participou inclusive da emancipação política do município em 11 de dezembro de 1958, é um município relativamente jovem, vai fazer no final do ano 52 anos, e foi o primeiro vice-prefeito eleito, em seguida prefeito, meu irmão Paulo Tarcísio foi vereador na cidade, minha mãe, dona Iraci, foi vereadora 12 anos, eu também comecei a minha vida pública como vereador em 1988 após, inclusive, a morte de meu pai em 1986. Minha mãe estava desgostosa com a política, não queria ser candidata e eu topei a parada. Tinha me formado há pouco tempo em Direito pela UFRN e iniciei, em 88, fui eleito vereador, em seguida eleito prefeito duas vezes, no ano de 2000, inclusive tive a felicidade de ser escolhido o melhor prefeito do Brasil, através de pesquisa da revista Isto é, com o Instituto Brasmarket, durante o meu mandato eu tive a oportunidade de ajudar meu irmão, que é colega de vocês, jornalista Alexandre Cavalcante, foi eleito duas vezes deputado estadual com o nosso apoio, em seguida, na minha situação consegui eleger Jarbas Cavalcante, que é meu sobrinho, como prefeito e depois fui eleito deputado estadual no ano de 2006 pela primeira vez e hoje sou o vice-presidente do PMDB no Estado. Então, a nossa trajetória política é essa, nossa vinculação na realidade é em São Gonçalo do Amarante e o nosso início na minha terra, mas hoje a gente tem se estendido por todo o Rio Grande do Norte, inclusive aqui no Oeste estamos chegando, na eleição passada eu tive pouco mais de seiscentos votos na região Oeste e hoje estou com apoio já em 15 cidades aqui na região.
GO - Deputado, o senhor citou que em 2004 seu sobrinho Jarbas Cavalcante foi eleito prefeito em São Gonçalo lhe substituindo. Com se deu e porque o rompimento entre tio e sobrinho?

PJ - Veja bem, é interessante essa pergunta porque muita gente não sabe. Já ele foi eleito prefeito e eu não indiquei nenhum cargo na Prefeitura, deixei ele muito à vontade, com total autonomia, ele fez a administração que achou que deveria fazer, não estava com uma boa aceitação para a sua própria sucessão, foi quando surgiu a possibilidade de uma aliança no município e ele me deu carta branca para articular essa aliança. Então eu fechei uma aliança com a governadora Wilma de Faria, o deputado federal João Maia e o hoje prefeito Jaime Calado. Através de uma pesquisa Jaime foi escolhido candidato que estava melhor naquele momento nas pesquisas e o nosso grupo indicaria o candidato a vice. Na hora que eu firmei esse entendimento, ele se rebelou, não aceitou o que ele mesmo tinha me autorizado a fazer. Então naquele momento eu fiquei neutro na campanha. Foi uma decisão difícil de ser tomada. Com é que o principal líder político no município não tem respaldo na eleição municipal. Mas aconteceu isso, ele disputou a eleição com Jaime e perdeu. Eu não participei da disputa. Hoje Jaime está fazendo um ano e nove meses de administração e no próprio meio da atividade política estamos procurando na Assembleia Legislativa defender o município, São Gonçalo foi até prejudicado recentemente naquela lei do ICMS com taxação dos índices. Mossoró também foi prejudicada e eu votei a favor de Mossoró e de São Gonçalo porque entendia que não iria resolver o problema dos outros municípios, como não está resolvendo. E isso só será resolvido com uma ampla reforma tributária em que os municípios sejam realmente contemplados...
GO - ... E que parta de cima pra baixo...

PJ - ... De cima para baixo. A concentração hoje dos impostos todo nas mãos da união, isso tem acarretado grandes dificuldades aos prefeitos. Dificilmente, Gilberto e Juetê, você encontra um município de porte pequeno que esteja com suas contas em dia. A começar do INSS, servidor público, fornecedores, prestadores de serviço. Vocês imaginem dinheiro para investimento como está difícil.
GO - Tem a redução do FPM esse tempo todo...

PJ - ... Exatamente. E todas essas dificuldades. Então tivemos esse afastamento do prefeito, então Jarbas Cavalcante, esse rompimento, fiquei neutro, numa posição difícil, além de manter uma boa relação com ele e com o próprio Jaime também, somos adversários políticos, mas nos respeitamos.

GO - Poti, o chão do Aeroporto de São Gonçalo. O Aeroporto Internacional do Rio Grande do Norte, no caso, já foi quando o senhor era prefeito, quando foi essa...

PJ - ... Eu acompanhei desde o início a desapropriação. Na época em que fui candidato em 1996 estava começando a desapropriação e então eu peguei em 1997 desde o início. Garibaldi Filho era governador e eu era prefeito, fui ao lançamento da pedra oficial lá e hoje eu vejo com grande expectativa, tenho feito vários pronunciamentos na Assembleia sobre esta situação. O deputado Henrique Alves é outro que tem lutado muito por isso, quando a situação não está caminhando bem eu falo na Assembleia, ligo pra Henrique. No outro dia os jornais repercutem, a televisão, vão desmentir lá de cima que as coisas vão acontecer, então eu acho que a essa altura a obra se tornou irreversível. Principalmente hoje, pela questão da Copa do Mundo. Mais uma vez a importância da realização da Copa do Mundo em Natal que tornou o aeroporto, sem dúvida alguma, irreversível.

GO - Mas deputado, eu questiono, será que há tempo hábil para que o aeroporto seja concluído? Há tempo de sediarmos a copa?

PJ - Sem dúvida Juetê, sem dúvida. A obra é uma questão muito simples. Tendo dinheiro ela anda. Essa obra não foi concluída ainda porque não está sendo investido o dinheiro necessário para a sua conclusão. Mas pelo tempo que ela vem se arrastando, se tivesse tido prioridade política, ela já tinha sido realizada. Mas como agora vai entrar a concessão e vai entrar o dinheiro privado, eu tenho certeza de que ela caminhará a passos largos.
GO - Deputado, o senhor foi uma das primeiras lideranças do PMDB na Assembleia Legislativa a anunciar publicamente seu apoio à reeleição do governador Iberê Ferreira de Souza. Como é que senhor analisa a campanha governista e o processo sucessório, a corrida em busca do Palácio Potengi de uma maneira geral?

PJ - Veja bem, o PMDB não tem candidato a governador nessas eleições e o partido na realidade se dividiu porque as duas principais lideranças, uma está com Rosalba, que é o nosso senador Garibaldi Filho, e o nosso presidente, deputado Henrique Alves, com governador Iberê. Nós tínhamos que optar entre essas duas candidaturas ou até a de Carlos Eduardo, que também tem raízes no nosso partido. E eu, através de uma conversa com o deputado Henrique Eduardo, optei por ficar com Iberê. Inclusive eu tenho um respeito muito grande também por Rosalba, na eleição passada votei com ela lá em São Gonçalo. Ela teve uma maioria bastante significativa lá no nosso município, como também votei em Iberê por duas oportunidades para deputado federal. Nas duas oportunidades também ele foi o mais votado lá em São Gonçalo e atendendo apelo do nosso deputado Henrique Alves, presidente do nosso partido, eu optei por ficar com o governador Iberê. A campanha está se aproximando do final, na sua reta final, estamos aí a pouco mais de 40 dias e eu acho que o clima ainda é de indefinição, tendo em vista que muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte.
GO - Como é que o senhor analisa a corrida para o Senado? Onde estão aí três candidatos que costumamos dizer "três tampas para duas garrafas"?

PJ - É verdade. É indefinida, são três ex-governadores. O governador Garibaldi, governador duas vezes, o senador José Agripino, também governador duas vezes, a governadora Wilma, duas vezes. Então eu poderia até sintetizar e dizer que são as três principais lideranças de nosso Estado, eleitoralmente e politicamente falando. E é por isso que fica difícil fazer um prognóstico. Eu não me arriscaria a dar uma opinião, já que a eleição é muito dura, muito difícil. Acho que vai ser definida no final, no olho clínico né?...
GO - Mas deputado, o senhor concorda que aquele ou aquela que for derrotado na disputa para o Senado estará sepultado da vida pública?

PJ - Não. Não acho isso Juetê. Acho o seguinte: que qualquer um dos três que for derrotado nas eleições de outubro tem boas possibilidades de ser eleito prefeito de Natal daqui a dois anos...
GO - ... Mas o ex senador Geraldo Melo não é um exemplo?.

PJ - Veja bem, José Agripino, ex-prefeito de Natal, Garibaldi Filho, ex-prefeito de Natal, Wilma de Faria, ex-prefeita de Natal. Então eles têm um eleitorado grande em Natal. São bons administradores, são pessoas que têm credibilidade e respeito da classe política e da população. No caso de Geraldo, ele criou a liderança, mas a liderança de Geraldo, eu poderia dizer até, sem o menosprezo, que ele é uma grande figura, mas não tinha luz própria. A luz dele era o PMDB na época, Henrique, Aluízio. Já os três candidatos ao Senado hoje não, eles têm seus seguidores no Estado e é por isso que eu acho que quem for derrotado não vai encerrar de forma alguma sua carreira política. Se um for prefeito de Natal, poderá até disputar uma majoritária daqui a quatro anos e para deputado federal qualquer um deles aí é o mais votado do Estado, se vier disputar futuramente esse cargo.
GO - Deputado, agora voltando à questão do PMDB, essa divisão não tem deixado o eleitorado meio tonto com Henrique de um lado, Garibaldi do outro?

PJ - Sem dúvida alguma. Inclusive eu defendo que o PMDB, para as próximas eleições, tem que se reestruturar. Começar pela base, nos 167 municípios, se entender, conversar, ter um projeto de poder para o futuro. O PMDB, vocês sabem, que aqui no Rio Grande do Norte, uma boa fatia, uma grande fatia é peemedebista. Como é que a gente não vai ter candidato? É a história, passando para a linguagem do futebol, "o time que não joga não tem torcida". Então o PMDB precisa voltar a ter candidato e eu acho que o grande nome hoje sem dúvida alguma é o deputado Henrique Alves, pela postura que está tendo não só nessa eleição, mas lá em Brasília também como líder do nosso partido, muito influente, hoje um homem muito hábil nas negociações. Não tem mais arestas com ninguém. No passado já teve aquele radicalismo, mas hoje está com outra mentalidade e sem dúvida Henrique passa a ser, para daqui a quatro anos, um nome forte dentro do nosso partido, para ser candidato a governador.
GO - Como o senhor vê essas declarações do candidato ao Senado pelo PT, Hugo Manso, acusando o senador Garibaldi Filho de estar sendo oportunista ao vincular sua imagem com a do presidente Lula e a da candidata Dilma Roussef?

PJ - Eu acho que o Manso foi infeliz. Ele foi infeliz nessa declaração. Da mesma maneira que ele tem a condição de aparecer perto do presidente Lula porque é do presidente, você imagine que Garibaldi foi presidente do Senado, respaldo do Governo Lula no Congresso Nacional. Eu até acho que estão usando a imagem de Lula demais porque ele não é candidato, eu não estou querendo negar a sua popularidade e tal, mas só estão querendo falar de Garibaldi e todos esses outros que estão usando a imagem de Lula? Então eu acho que ele foi infeliz nessa declaração, Garibaldi é um grande homem público, uma figura de bem, um homem de respeito e por isso que está liderando aí todas as pesquisas até o momento para o Senado.

GO - E paralelamente a isso não é meio estranho que Henrique suba no palanque de Iberê e faça elogios a Rosalba?

PJ - É complicado. Essa é uma eleição atípica, diferente de todas, imprevisível o seu resultado. Só tem uma coisa que eu acho que ela é mais favorável. Acabou o radicalismo. Porque aquilo não levada a nada. Acho que todo mundo, um pleito eleitoral, uma disputa eleitoral, depois que ela se encerra, tem que todo mundo é se juntar e trabalhar em favor do Rio Grande do Norte. As novas gerações devem também já assumir com esse compromisso de ter de desarmar os palanques depois do pleito e trabalhar. Aqui em Mossoró também eu não poderia também dizer que a renovação chegará a Mossoró e ao Oeste onde tenho um grande amigo que faz parte dessa nova geração de políticos que é amigo Davi Júnior e tantas outras figuras, Larissa Rosado, Leonardo. Eu tenho um grande respeito pela classe política de Mossoró. Sandra, Rosalba e amizade também. Eu acho que todos devem ter essa consciência de que o radicalismo não leva a nada e o que a gente deve, depois das eleições, é se unir para trabalhar em favor do nosso Estado.
GO - Deputado, o que a gente está vendo é que este ano parece que não está havendo nem campanha. Porque ninguém vê visual, ninguém vê nada. Isso aí deve estar havendo alguma retração da classe política, estão querendo que um avance primeiro para depois avançar...

PJ - ... Veja bem, é um modelo hoje da política no Estado e até no Brasil. Houve a proibição de showmicios, distribuição de brindes e uma coisa vem puxando a outra e o fato é que o desgaste da classe política também é inegável e isso vem fazendo com que o próprio eleitor se retraia, fique um pouco mais distante, não está entusiasmado, ou seja, não está se reunindo àquelas grandes multidões para os comícios e está se procurando outras alternativas de reuniões, de gravações, mais o importante é que se tem uma reforma política no nosso país. O atual modelo está falido e alguma coisa tem de ser feita para que as coisas possam mudar e se adequarem à nova realidade.

GO - Há uma cobrança permanente não é?

PJ - Sem dúvida alguma. Eu acho que não dá mais para esperar, hoje há uma conscientização de toda a classe política, de que essa reforma tem de sair.

GO - Deputado, o senhor citou que diferentemente da eleição, o senhor tem marcado espaço na região. Quem são seus apoios em Mossoró e municípios vizinhos?

PJ - Nós estamos em aproximadamente 15 municípios aqui na região Oeste, além de Mossoró nos estamos em Baraúna, Governador Dix-sept Rosado, Tibau, Apodi, Severiano Melo, Itaú, Paraná, São Francisco do Oeste, Francisco Dantas, Pau dos Ferros, Água Nova, Janduís, Messias Targino, Patu, amigos que com a sua generosidade têm nos emprestado esse apoio e eu tenho certeza que não iremos decepcioná-los. Fica até um pouco longo citar nome por nome, mas ficam registrado aí os nomes das cidades. No Seridó também nós crescemos bastante, nas 25 cidades nós estamos em 18. Na eleição passada nós tivemos setecentos e poucos votos e outras regiões também. Os amigos às vezes brincam comigo lá na assembleia dizendo que Ricardo Mota era conhecido como o deputado estradeiro e eu estou chegando perto dele. Eu sou um deputado que gosto muito de andar e prestigiar as minhas bases eleitorais...

GO - Como deputado estradeiro, o senhor tem rodado muito. Quais são os principais problemas que afligem a população, na sua opinião?

PJ - Cada região tem as suas peculiaridades, como, por exemplo, na Grande Natal a gente tem um problema sério de segurança, desemprego. No interior a gente sente a falta de um apoio maior ao agricultor também, o crédito. Então cada região tem as suas peculiaridades. A questão da fruticultura também eu acho que tem de ser mais incentivada. Aquela questão do período de chuvas, aquelas perdas que as pessoas tiveram, investiram e não tiveram o retorno. Então, a cada momento você vai vendo situações diferentes. Mas o fato é que é importante se fazer um levantamento maior, município por município, região por região para que o Governo do Estado tenha condição de com essa radiografia ter um projeto de desenvolvimento para todo o Estado. GO - E quanto ao interesse na ação do turismo, deputado, ele tem sido mais um discurso ou pelo que o senhor tem observado pelo interior do Estado, tem se tornado uma realidade?

PJ - O Rio Grande do Norte tem muito a ser explorado. Tem a vocação e eu acho que precisa ser mais bem explorado, inclusive com a chegada do aeroporto eu acho que a gente tem condição de dar um crescimento grande nessa área. Tem a área do turismo religioso, que é o caso dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú que foram beatificados e em todas as regiões. Aqui no Oeste mesmo tem várias alternativas, tem as serras, que eu acho que são opções para o turismo. Eu tenho certeza que se tendo um programa voltado para o investimento nessa área, tem muito a se crescer principalmente com o que confirmo novamente, a questão do aeroporto. Aqui descerão um maior número de pessoas, no Rio Grande do Norte, e estas pessoas terão tudo para começar a parte do turismo aqui pelo nosso Estado e em seguida para outras regiões.
GO - E paralelamente a isso um combate mais rigoroso ao turismo sexual?

PJ - Sem dúvida. O turismo sexual deve ser combatido principalmente essa questão envolvendo o menor. Essa questão deve ter um cuidado todo especial.

GO - Deputado, agora com relação à campanha presidencial. O senhor acha que o pessoal de Iberê está conseguindo federalizar a campanha?

PJ - A questão da eleição presidencial eu acho que o candidato a presidente Serra cometeu alguns erros e é por isso que ele começou na frente e hoje está atrás. Tem de ter uma explicação, né? E eu de cá apontaria, mesmo não tendo esse gabarito pra estar dando pitaco numa sucessão presidencial, mas eu acho que a primeira coisa, Serra deveria ter visto no Nordeste, onde ele é mais frágil, onde ele perde eleição e isso já vem de eleições passadas, mas ele insistiu em não colocar um vice do Nordeste.
GO - Pela pecha que se pegou é que ele não gosta do Nordeste...

PJ - Ele não gosta do Nordeste. Segunda questão, os municípios estão falidos, a grande maioria. Ele teria de convocar todos os prefeitos e anunciar uma reforma tributária. Porque se há uma das coisas que o presidente Lula não tem olhado com carinho é para os municípios, pois eles enfrentam sérias dificuldades...

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